sábado, 19 de novembro de 2011

Apoteose: 06/11


Quando o avião foi se aproximando da cidade eu já fiquei completamente extasiada pela vista. Sim, o Rio de Janeiro continua lindo!

Do Santos Dumont direto pra Botafogo, casa da Clau, ponto de encontro com amigos! Um curto caminho a pé até o restaurante. Ah o Rio de janeiro... todo meu amor por essa cidade encantadora tornou um curto percurso um passeio agradável. Almoço regado a conversas, ansiedade e alegria.

Fim de tarde e finalmente chegamos lá... Apoteose. Clima pré show, alegria, euforia! Um pequeno estresse entre um dos amigos e uns seres folgados que ali estavam, um corinho de viado... mas pra mim tudo continuava lindo. Virei uma aprendiz de Pollyanna durante esses shows, pra mim era óbvio que tudo ia dar certo, que tudo ia ser lindo!

Luzes apagadas, a música que acelarava nossos corações a cada show. Eles entram e começa Unthought Known... e assim iniciou-se um dos shows mais "emocionais" da tour.

A posição que estávamos era muito parecida com a do último show em SP, em frente ao Mike, não muito longe do palco. Com o show fluindo porém fui me aproximando cada vez mais da grade até alcançá-la, nem sei como, pq não foi de propósito, não foi tentando passar na frente de ninguém, foi simplesmente acontecendo. E ali de frente pro Mike fiquei. Em um dos momentos mais marcantes dessa tour ele sentou-se na beira do palco e tocou ali, tão perto de nós.

O set list do show foi bem interessante. Depois da abertura calma veio Last Exit emendada com Blood. Aí as clássicas e ótimas Corduroy e Given to Fly. E então Nothingman, linda, tocante, inédita. E depois Habit, Of the Earth, Mother, Indifference.

Em Come Back vontade de chorar (opa chorar em música do Abacate?)

Fim do show, com a clássica Yellow Ledbetter, sensação de estar no melhor lugar do mundo naquele momento, acompanhada das melhores pessoas do mundo. Risos, lágrimas, cara de não acredito.

Saindo de lá andamos até um boteco, que aliás tinha nome engraçado (Bar da Quengas), decoração ímpar, comemos coisas gostosas... a vida não podia ser melhor que isso!

Metade da missão terminada. Faltavam 3. Um certamente seria especial (Buenos Aires) mas e os outros dois? Teria como Curitiba e Porto Alegre surpreenderem depois de tudo isso? Teria como a vida ser ainda melhor?

Com Quem?
Clau, Diego, Aline, Luana, Carlos, Dieguinho, Tadeu, Carol.

Ouvindo o que?


Morumbi 04/11


Então é isso. Já tinha começado, estava realmente acontecendo. E assim nesse clima de a vida é maravilhosa fui trabalhar tendo dormido quase nada. Mas não tinha problema. Nada era problema. Novamente ingresso junto ao corpo. Almoçamos em um restaurante argentino (coisinha bem leve haha) e fomos novamente a caminho do estádio.

Eu queria ver de novo, queria ficar perto de novo, queria, queria, queria. Confesso que quando descobri que ia ter sobremesa fiquei meio agitada (quero ir logo!). Mas tudo certo chegamos ao Morumbi, cerca de 17 h e lá já estavam Tadeu e Paulo. Todos foram chegando, tudo foi se acertando e finalmente X de novo. Susan, Susan, Susan... "saideira" logo na primeira música, tudo se repetindo.
E então novamente com cerca de 30 minutos de atraso as luzes, a música... Eddie Vedder se dobra pra trás e... Go!
Não acreditava que estava acontecendo de novo! Não acreditava que Go era a abertura. Simplesmente a melhor abertura do mundo. E devo dizer que apesar de o público de SP ser um pouco "estranho" na sexta as coisas estavam melhores que na quinta em termo de empolgação (como já era esperado) e eu acho que esse tipo de abertura tem tudo a ver com a cidade. Confesso também que sou meio maloqueira nesse aspecto e que até curto umas puladinhas mais violentas (diferença gritante de Go em SP e Go em Curitiba nesse quesito). Tenho memórias muito nítidas desse começo. Luana me olhando e dizendo: PORRA BABI DE NOVO! (sim eu tenho conexão mental com Deus, digo Vedder e a "culpa" era minha hahaha). E Carol com cara de "socorro vou morrer"
Mas pra mim foi lindo. E fez-se de novo a sequência mortal de músicas abrindo e quando já estávamos pedindo o pinico (3 pauleiras) pai Shepa diz... agora Hail, Hail. E ele estava certo.
Hail, Hail é porrada... mas é uma porrada linda. Música sensacional. E então na décima música Amongst the Waves, querida demais.

Em Inside Job (que eu comecei a gostar só depois da segunda chance dada ao abacate, já no clima pré show) Ed disse que Mike mostrou pra ele a música qdo estavam em SP, que isso lembra a cidade e apesar de parecer bobeira achei muito legal isso!

Coisa importante desse show lindo: o poster mais foda da Tour!

Próxima parada: Rio de Janeiro, expectativas altas.

Com quem?

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Morumbi 03/11


Eis que estou aqui tentando escrever sobre uma das maiores experiências da minha vida. E como é difícil começar. O que dizer? Como transformar em palavras uma carga de sentimentos tão grande?
Desde o início do ano haviam rumores de uma turnê sul americana em 2011. Notinhas em sites alimentavam a ansiedade de quem por mais de 5 anos esperava um retorno.

E finalmente em uma segunda feira de julho o anuncio oficial: 4 shows no Brasil. E uma outra possibilidade. Um show na Argentina no meio do feriado brasileiro de 15 de novembro.

Comemorações, lágrimas e risos. Planos, muitos e muitos planos. Sites de hotel, de albergue, de compania aérea. Espera pelos ingressos. Tudo comprado, tudo resolvido, show extra, 4 meses de preparativos... e chega o dia 03/11.

Fui trabalhar já com tudo pronto. Ingresso junto ao corpo. Podem roubar tudo, menos isso. e Toda a energia desses dias, todo o encantamento começou naquela quinta feira pela manhã quando na Consolação minha amiga Luana entrou no carro fomos rumo ao Morumbi. Almoço no shopping, encontro com amigos, carro estacionado e finalmente após 5 anos e 11 meses chegou a hora de ir ao show da banda da sua vida.

Caminhamos até o Morumbi com um misto de alegria, ansiedade, euforia. Na porta outro amigo, o clima de show... as horas passaram relativamente rápido enquanto apostávamos pra ver o que ia tocar, que música abriria. Mais amigos chegando, frio na barriga aumentando.

Pouco mais de 19 horas... entra no palco a banda de abertura. X. Nunca tinha ouvido falar (por ignorância minha e não por inexpressividade deles). E uma sósia de Susan Boyle mandando ver no vocal, um guitarrista que parecia pai do Mike McCready... uma banda legal, mas confesso que a vontade maior era que eles fossem logo embora. Até me afeiçoei a eles no decorrer dos shows, mas ali, naquele dia eu queria outra coisa, eu queria a maior banda do planeta, do meu universo.

Com cerca de meia hora de atraso, luzes se apagam, começa uma música e vemos Matt, Mike, Stone, Jeff, Boom e Eddie. Difícil explicar a onda de emoção que senti, mais difícil ainda descrever o que aconteceu quando os primeiros acordes de Release começaram a tocar.

Essa música tem um apelo emocional muito grande pra muita gente e era uma das que não tínhamos ouvido em 2005. Meu amigo Diego passou o dia dizendo "vai abrir com Release". Quando vi que ele estava certo fiquei feliz demais. Feliz por abrir com uma música linda e por saber o impacto que essa música tinha pra ele ali. Eu sabia a emoção que era vc dizer mil vezes uma coisa (uma música no caso) e ela ser tocada. Foi assim pra mim quando em 2005 abriram com Go em SP. E estava sendo assim pra ele naquele dia.

Nesse dia não houve tempo pra lágrimas. Só havia deslumbramento, alegria, empolgação e gratidão. Por estar ali, por estar acontecendo, por conhecer pessoas tão queridas e poder dividir com elas a emoção de ver ao vivo a maior banda do mundo.

Momentos marcantes pra mim além da abertura com Release: Unthought Known que é uma música que eu queria ouvir ao vivo e que me acompanhou muito esse ano, a indignação da Clau quando tocou Save You (que eu adoro e achei que não fosse tocar) pq o público presente não conhecia e Rearviewmirror simplesmente porque é Rearviewmirror :)

No final do show uma sensação de estar vivendo um sonho. E que ia ser cada vez melhor.

*Foto feita pela Clau (não tirei nenhuma foto esse dia!)

Com quem?
Luana, Aline, Clau, Diego, Carlos, Fernando, Jisley, Pedro, Tadeu.

Ouvindo o que?